Saint-Exupéry em Natal?

O turismo gera emprego e renda e, quando baseado em pilares da sustentabilidade (econômica, social e ambiental), preserva a história, perpetua a cultura e promove o desenvolvimento. Mas Natal-RN, minha terra-natal de coração (nasci em Olinda), ainda engatinha em direção à maturidade deste setor.

O recorte de jornal (foto abaixo) retrata algo que eu constatei a última vez em que estive em Natal a trabalho: um exemplar de baobá está esquecido no meio da cidade, como uma árvore qualquer - apesar da curiosidade que desperta entre turistas brasileiros e estrangeiros. Um turista de Ribeirão Preto escreveu ao jornal Diário de Natal lamentando que os cidadãos e as autoridades do setor não entendam a questão. É que a árvore centenária e gigantesca - é preciso unir vários adultos para abraçar sua raiz - teria inspirado o autor francês Antoine de Saint-Exupéry a descrevê-la em sua mais famosa obra, "O Pequeno Príncipe".



Tudo bem, Ipojuca (Porto de Galinhas) também preserva um baobá semelhante, Recife defende a tese de que a árvore centenária citada na obra literária estaria por lá, e em Manaus é preciso ir à visita Iranduba para conhecer esta espécie (que por lá é chamada de Samauma). A questão é que há destinos e destinos que estão preparados para preservar sua história transformando alguns dos resquícios do passado em atrativos, mas Natal é um destes que ainda não acordou para o fato de que este exemplar de baobá não só resgata o orgulho do cidadão local por sua história como, de quebra, gera renda e diversifica a atratividade local - desde que respeitadas as variáveis da sustentabilidade sócioeconômica.

Obrigada, mãe, pelo envio do jornal. Em outro post a gente retoma este assunto. Até!

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